quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

JUFRA DO BRASIL MARCA PRESENÇA NA 1ª CAMINHADA FRANCISCANA DA JUVENTUDE



POR QUE NÃO BASTA IR? POR QUE IR CAMINHANDO?
“Há duas diferenças básicas entre caminhadas e viagens de carros. A primeira é que a caminhada é uma experiência de corpo inteiro; a mente e o corpo funcionam em conjunto, de tal forma que o pensamento torna-se sensível a tudo que acontece no local. A segunda é que a pé você não está blindado do mundo; não há vidro ou aço separando você do ambiente, da chuva, do vento, e quem, ou o que, você encontrar. Andando em um caminho você cumprimenta ou conversa com as pessoas que encontra. Não me lembro de já ter parado ao lado do carro de um estranho, do outro lado da rodovia, para falar sobre as coisas.”- Robert Macfarlane

No ultimo final de semana, entre os dias 10 e 12 de janeiro, aconteceu a 1ª Caminhada Franciscana da Juventude “Nos Passos de Frei Galvão”, realizada pelo Serviço de Animação Vocacional. Ao todo foram 60 km de caminhada, partindo de Taubaté rumo a Guaratinguetá, terra do Primeiro Santo Brasileiro. E a JUFRA DO BRASIL se fez presente com a participação dos irmãos Henrique Ribeiro - Subsecretário Nacional para a Área Centro/Oeste e Maria Aparecida - Subsecretária Nacional de Finanças.

A fé e a superação marcaram a vida dos 36 jovens que vieram dos estados Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná para participarem deste momento. Durante a manhã de sexta-feira, os jovens começaram a se concentrar no Convento Santa Clara, em Taubaté, dos Frades Menores Capuchinhos. Cada jovem trazia dentro de si uma motivação diferente para essa caminhada e logo de início o clima de amizade e descontração foi tomando conta de todos.

Durante a celebração de envio, Frei Gustavo Medella nos disse sobre seguir Jesus Cristo ontem, hoje e sempre. Frei Diego Melo pediu para que fizéssemos a experiência dos discípulos de Emaús que descobriram a presença de Jesus ao longo da caminhada. No final da missa, também nos foi confiada a missão de sermos verdadeiros anjos uns para os outros e, após a bênção, partimos em direção a Pindamonhangaba, por volta das 16h.

Logo nos primeiros momentos da caminhada, grande surpresa: tivemos a oportunidade de encontrar e conhecer pessoalmente o Padre Zezinho quando, ao passarmos em frente da sua casa, em Taubaté, decidimos entrar cantando suas canções para saudá-lo. Padre Zezinho nos recebeu carinhosamente, cantou conosco e partilhou sua profunda admiração pelo carisma franciscano.
Com a benção do Pe. Zezinho
Após 20 km de caminhada, chegamos a Pindamonhangaba por volta das 22h. Fomos fraternalmente acolhidos no Lar São Judas Tadeu, casa dos frades da Congregação dos Irmãos Pobres de São Francisco. Após o jantar, um banho e uma cama foram os nossos únicos desejos para aquele primeiro dia.

No sábado, o segundo dia de caminhada, saímos às 5h da manhã em direção a Roseira. Durante as primeiras horas do dia, caminhando sob a lua que insistia em nos acompanhar, seguimos em silêncio e meditação. Quando o sol da manhã começou a assumir seu posto, as dificuldades começaram as ficar maiores, mas a certeza de que o Senhor também estava caminhando conosco e a ajuda mútua entre os irmãos davam força para seguirmos em frente. Passamos o dia na cidade de Roseira, onde vivenciamos momentos descontração, oração e partilha. Os paroquianos da Igreja Matriz Sant’Ana nos receberam de braços abertos.

Por fim, na manhã do domingo, iniciamos a terceira e última etapa de nossa caminhada, seguindo para o Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá, completando os 60km do percurso da Rota Franciscana, num momento de grande emoção para todos.

Já no Seminário Frei Galvão, os frades da casa e os voluntários nos prepararam uma sensacional acolhida e, para coroar esse momento, Frei Estevão Ottenbreit, nosso Vigário Provincial, presidiu a missa de encerramento nos falando da importância de caminharmos sempre juntos. Na sua homilia, Frei Estevão destacou que se tratava de um momento histórico para a Província, pois era a 1ª Caminhada da Juventude, mas também para todos os jovens participantes. “Tenho certeza de que vocês jamais irão esquecer desses dias que passaram juntos, dos desafios vencidos e de tudo o que vivenciaram. Isso ficará marcado na história de vocês”, destacou o Vigário Provincial.

Assim, nós, jovens da Província Franciscana da Imaculada Conceição, agradecemos de coração a todos que contribuíram para que essa caminhada fosse um momento único em nossas vidas. Agradecemos a todos que nos acolheram, que organizaram a caminhada, que rezaram, que nos deram forças, em especial aos Freis Alexandre Rohling, Gustavo Medella e Lucas Vieira, que estavam na logística sempre de prontidão para nos ajudar.

A caminhada nos mostra que, em qualquer etapa da vida, mesmo diante das mais variadas dificuldades, nós somos capazes de, com fé, vencermos nossos limites e todo e qualquer desafio.



Algumas lições de uma Caminhada
● Somos capazes de fazer muito mais do que realmente imaginamos.
● Não há conquista sem esforço e sacrifício.
● Quanto menos bagagens carregarmos, mais fácil fica para caminhar.
● É muito difícil caminhar sozinhos. Juntos, a estrada fica mais curta.
● Mesmo diante das dificuldades e crises, o importante é continuar caminhando.
● Reconhecer os limites e pedir ajuda são sinônimos de nobreza e humildade.
● O caminho se faz caminhando.
● Daqueles que menos esperamos, aprendemos grandes lições de superação e força.
● Pelo caminho sempre haverá alguém disposto a ajudar.
● Nossos “anjos” nem sempre são aqueles que imaginamos.
●Alcançar a meta não significa que chegamos ao fim. Recomeçar é preciso.
● Estamos em constante peregrinação. Sair, ir, caminhar, chegar e sair novamente.



Visitando a Padroeira do Brasil
A caminhada pelos próprios caminhantes:

cRISTYCristy Azevedo – São Paulo – SP 
Me sinto meio enferrujada… cada passo que dou parece que alguma coisa está rangendo, mas a alegria que sinto é muito muito grande. Experiências de amizade, solidariedade, acolhimento e partilha da própria vida, o que cada um é e tem… foi isso que eu vivi! Agora, me esforçar para fazer tudo isso presente no dia a dia, na convivência com as pessoas, para que esta experiência possa ser partilhada.
“A gente pode ser muito mais feliz, seguindo o exemplo de Francisco de Assis”.

Mayara Luiza – Campos Elíseos – RJ
MAYARA
Eu vim sem muitas expectativas e me surpreendi muito. Eu não pensava que seria uma caminhada tão maravilhosa quanto foi. A gente riu, se divertiu, brincou, superou os próprios limites e fez muita amizade. A gente aprende sobre humildade, olhar mais para o outro, se preocupar mais com o outro. Uma caminhada dessas mostra que tudo tem um fim, mas que não acaba ali. Sempre que a gente chega ao fim, há sempre um novo recomeço.

LUCASLucas Vieira – São Paulo – SP
A experiência de viver intensamente esse momento de amizade, carinho e companheirismo, supera todas as nossas dificuldades de cansaço, dor, distância e uma séria de desafios que apareceram pelo caminho. Foram dias tão positivos que eu caminharia muito mais, só para reencontrar cada um daqueles que estiveram ao meu lado. Obrigado

Cintia de Melo – Lages – SC
CINTIAAo longo da caminhada me perguntei várias vezes: “O que estou fazendo aqui? Pra que tudo isso?”. Mas é com cada passo que você vai respondendo suas perguntas. Nesta caminhada aprendi, e quero levar comigo na vida profissional e pessoal que não adianta você querer passar por cima de todos ou querer vencer sozinho e ser o primeiro, pois você não consegue. Você pode precisar de alguém e alguém pode precisar de você, seja com apoio moral ou mesmo físico.  Você aprende a dar mais valor à sua família que está longe, aos mendigos que dormem todos os dias no chão. Você percebe que o lugar onde você mora é maravilhoso. Em alguns momentos pensei que não ia aguentar, pois o corpo já estava exausto. Mas foi ai que me surpreendi, pois sempre havia alguém, um amigo ali do seu lado fazendo palhaçadas para te fazer rir e, automaticamente, quando você está em um lugar legal e com pessoas agradáveis que te fazem rir e te deixam pra cima, você esquece toda a dor do corpo e quer continuar. Só tenho a agradecer por tudo o que aconteceu, por cada palavra e gestos generosos dos amigos de caminhada.

Fonte: http://www.franciscanos.org.br (Adaptado)

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10 CONSELHOS DO PAPA FRANCISCO AOS JOVENS


1) Ter um coração jovem sempre: “Vós tendes uma parte importante na festa da fé! Vós nos trazeis a alegria da fé e nos dizeis que devemos vivê-la com um coração jovem sempre: um coração jovem, mesmo aos setenta, oitenta anos! Coração jovem! Com Cristo o coração não envelhece nunca!” (Homilia de Domingo de Ramos 24/03/2013 – Dia da Juventude)

2) Ir contra a corrente: “Sim, jovens, ouvistes bem: ir contra a corrente. Isso fortalece o coração, já que “ir contra a corrente” requer coragem, e o Senhor nos dá essa coragem. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões que possam nos meter medo se permanecermos unidos a Deus como os ramos estão unidos à videira, se não perdermos a amizade d’Ele, se lhe dermos cada vez mais espaço na nossa vida”. (Santa Missa dos crismandos em Roma – 28 de abril de 2013)

3) Apostar em grandes ideais: “Não enterrem os talentos! Apostem em grandes ideais, aqueles que alargam o coração, aqueles ideais de serviço que tornam fecundos os seus talentos. A vida não é dada para que a conservemos para nós mesmos, mas para que a doemos. Queridos jovens, tenham uma grande alma! Não tenham medo de sonhar com coisas grandes!” (Catequese do dia 24/04/2013).

4) Estar com Deus em silêncio: “Aprendam a permanecer em silêncio diante d’Ele, a ler e meditar a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a dialogar com Ele, todos os dias, para sentir a Sua presença de amizade e de amor”. (Mensagem aos jovens reunidos para a “Sexta Jornada dos Jovens” da Lituânia 28-30 de junho)

5) Rezar o Rosário: “Gostaria de destacar a beleza de uma oração contemplativa simples, acessível a todos, grandes e pequenos, cultos e pouco instruídos: a oração do Santo Rosário. O Rosário é um instrumento eficaz para nos ajudar a nos abrirmos a Deus, porque nos ajuda a vencer o egoísmo e a levar a paz aos corações, às famílias, à sociedade e ao mundo.” (Mensagem aos jovens reunidos para a “Sexta Jornada dos Jovens” da Lituânia 28-30 de junho)

6) Fazer barulho: “Aqui, no Rio, farão barulho, farão certamente. Mas eu quero que se façam ouvir também, nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas estradas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, imobilismo, nos defendamos do que é comodidade, do que é clericalismo, de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos”. (Discurso aos Jovens Argentinos durante a JMJ Rio 2013)


7) Aproximar-se da cruz de Cristo: “Queridos amigos, a Cruz de Cristo nos ensina a sermos como o Cireneu, aquele que ajuda Jesus a levar o madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o fim, com amor, com ternura. E você, como é? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria?” (Discurso aos Jovens durante a Via-sacra, em Copacabana, durante a JMJ Rio 2013)

8) Ser protagonista das mudanças: “Através de vocês, entra o futuro no mundo. Também a vocês, eu peço para serem protagonistas desta mudança. Peço-lhes para serem construtores do mundo, trabalharem por um mundo melhor. Queridos jovens, por favor, não ‘olhem da sacada’ a vida, entrem nela. Jesus não ficou na sacada, Ele mergulhou… ‘Não olhem da sacada’ a vida, mergulhem nela como fez Jesus”. (Discurso na Vigília de Oração, na praia de Copacabana, durante a JMJ Rio 2013)

9) Servir sem medo: “Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da Sua misericórdia e do Seu amor”. (Homilia da Missa de encerramento da JMJ Rio 2013)

10) Ser revolucionário: “Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é ‘curtir’ o momento, que não vale a pena se comprometer por toda a vida, fazer escolhas definitivas ‘para sempre’, uma vez que não se sabe o que nos reserva o amanhã. Nisso peço que se rebelem: que se rebelem contra a cultura do provisório, a qual, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de ‘ir contra a corrente’. E também tenham a coragem de ser felizes!” (Discurso aos voluntários da JMJ Rio 2013)

JUVENTUDE FRANCISCANA PERCORRE OS PASSOS DE FREI GALVÃO EM PEREGRINAÇÃO


Impulsionados pelas palavras do Papa Francisco, durante a homilia na missa de encerramento da JMJ, e inspirados pelo ardor missionário de São Francisco de Assis,os jovens e os Frades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (Ordem dos Frades Menores), provenientes dos estados de Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná Santa Catarina, participarão no próximo dia 10 de Janeiro, da 1º Caminhada Franciscana da Juventude, com o tema: “Nos Passos de Frei Galvão”.
São esperados 50 jovens que participam de Paróquias da Província, para vivenciarem momentos de profunda reflexão, superação, amizade, fraternidade e alegria franciscana. A concentração será na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, já o encerramento acontecerá no dia 13 de janeiro em Guaratinguetá, terra do primeiro Santo Brasileiro.
A caminhada se iniciará com a benção franciscana dos Frades Menores e dos Frades Capuchinhos com a missa de envio, e caminhada rumo à Pindamonhangaba, a primeira parada, onde os peregrinos descansarão e passarão a noite.
O segundo dia se iniciará bem cedo rumo a Roseira, onde deverão chegar para o almoço e passar a tarde toda, onde acontecerão celebrações franciscanas e partilhas com os jovens. E por fim o terceiro dia será o percurso até Guaratinguetá, onde os jovens tem por ponto de referencia o Seminário Frei Galvão, onde se encerrará a caminhada com a missa.
 Serão 60 km de caminhada realizado pela Rota Franciscana, um programa, que estimula peregrinos a percorrerem os caminhos do santo brasileiro canonizado em 11 de maio de 2007 pelo Papa Bento XVI. A caminhada, denominada também como Rota da Sabedoria, faz parte do percurso que Frei Galvão fazia do Mosteiro da Luz em São Paulo e até Guaratinguetá.

 
Fonte: Jovens Conectados